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Auxiliar de Memória de Acontecimentos do Mundo onde Vivemos

Bom Senso "É conservar uma Atitude Harmonizada em momentos decisão..., conflito..., possuir a capacidade de evitar a prática de acções ou actos impensados no intuito de posteriormente não se sentir embaraço, arrependimento..." Bomsenso

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29
Out10

CARLOS MORENO DEFENDE SANÇÕES PARA OS RESPONSÁVEIS

bomsensoamiguinhos

SIC

 

 

 

 

 

◊ ♦ ◊

 

 

 

«Como o Estado Gasta o nosso Dinheiro», de Carlos Moreno


«O juiz Carlos Moreno fez mais de 100 auditorias no Tribunal de Contas. Ao longo de duas décadas alertou sucessivos governos para o despesismo público. Agora apresenta todas as contas, todos os números. E as conclusões que tirou»

http://diariodigital.sapo.pt

 


http://diario.iol.pt

28-10-201011:43h

Redacção / Carlos Enes

Alerta:

«Parcerias público-privadas vão custar 2 mil milhões por ano»

 

 

Carlos Moreno,

juiz jubilado do Tribunal de Contas,

diz que problema tem de ser resolvido rapidamente

 

 

Carlos Moreno

 

 

A partir de 2013, os contratos de parceria público-privada previstos pelo Governo vão custar mais de dois mil milhões de euros por ano. Ou seja, uma despesa anual superior ao corte nos salários e ao aumento de impostos anunciado para 2011.

 

Carlos Moreno, juiz jubilado do Tribunal de Contas, considera urgente desactivar esta autêntica bomba relógio que ameaça as contas públicas.


«Entre 2013/2014 e 2024, só com parcerias público-privadas, penso que isto vai passar os dois mil milhões de euros, e sempre para cima, em média anual durante um período de pelo menos dez anos», disse em entrevista à TVI.


Ora, dois mil milhões de euros é o valor dos cortes salariais na Função Pública e do aumento de impostos proposto pelo Governo. Uma renda anual nesse valor é incomportável, sem contar com os juros envolvidos, cada vez mais altos.


«Parar neste momento com todas as parceiras público-privadas (PPP), aconselha o bom senso», advoga Carlos Moreno.


O Orçamento de Estado para 2011 esconde grande parte destes encargos futuros, mas não é credível: «Há aqui um défice de transparência dos reais encargos com as PPP. Eu, enquanto técnico e professor de Finanças Públicas, acho que é imprescindível que o povo saiba, antes de fazer sacrifícios, quanto é que deve, quanto é que o país deve e durante quantos anos vai ter de pagar quanto por ano».


Carlos Moreno foi nove anos juiz no Tribunal de Contas Europeu, mais 15 anos no Tribunal de Contas português. Por isso não se deixa enganar, o que nos espera é muito pior do anunciado pelo Governo.

 

 

 


DESTAK

13 | 10 | 2010   09.13H

 

Juiz Carlos Moreno

defende sanções aos responsáveis

por má gestão do dinheiro público

 

Após assinar mais de 100 auditorias do Tribunal do Contas marcadas por “sistemáticos” e “tremendos” desvios nas obras públicas, o juiz Carlos Moreno defende, num livro a apresentar hoje, que a Constituição preveja sanções por má gestão do dinheiro público.

 

Destak/Lusa | destak@destak.pt

 

“A nível de revisão constitucional devia tornar-se a boa gestão financeira obrigatória quando se decide gastar dinheiro, sobretudo somas mais avultadas, para que quem não seguisse este princípio pudesse ser sujeito a sanções, porque o dinheiro é hoje um bem escasso e caríssimo”, afirmou o autor da obra “Como o Estado Gasta o Nosso Dinheiro” em entrevista à agência Lusa.

 

O novo livro de Carlos Moreno é hoje apresentado oficialmente em Lisboa, pelo presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), João Duque.

 

Juiz conselheiro do Tribunal de Contas (TC) durante 15 anos, Carlos Moreno defende que a divulgação de “toda a verdade sobre as finanças públicas portuguesas” é uma “obrigação do Estado”, mas considera que a “perspetiva política” se tem sobreposto “à verdade técnica, se calhar porque esta é mais dolorosa”.

 

Contudo, sustenta, “a decisão financeira anual não pode deixar de ter em conta a verdade toda do ponto de vista técnico e a projeção desta verdade no futuro”.

 

Carlos Moreno diz que “se não fizermos estes cálculos bem feitos, as gerações futuras, sobretudo a partir de 2014, arriscam-se a que os orçamentos de Estado fiquem quase limitados a orçamentos de gestão de tesouraria”.

 

Após ter assinado mais de 100 relatórios de auditoria do TC que analisaram, entre outros, os gastos com a Expo 98, as SCUT, os estádios do Euro 2004, a Casa da Música, o Túnel do Rossio ou o terminal de contentores de Alcântara, Carlos Moreno diz ter “sistematicamente” concluído por “tremendos erros, falhas e desvios em relação ao que estava anunciado”.

 

“Tudo aquilo que se chama de boas práticas de gestão do dinheiro público não foram tidos em conta. Mas, como a lei não cobre isto, a responsabilidade dilui-se”, disse.

 

Segundo o juiz jubilado, “atualmente não são apuradas responsabilidades” porque a lei orgânica do TC e a própria Constituição apenas atribuem a este órgão fiscalizador do Estado a capacidade de sancionar ilegalidades e não a má gestão.

 

“Em todos estes casos, as auditorias que fiz são de boa gestão e isso não é sancionável pelo TC, só a ilegalidade”, sustenta.

 

Na sua opinião, “quando há derrapagens injustificadas de custos e prazos em parcerias público privadas [PPP] ou em obras públicas deveria não só apurar-se se há ilegalidades, mas também se há desleixo, erros ou falhas graves, e punir os responsáveis com multa ou com reintegração nos cofres do Estado dos prejuízos causados”.

 

Como maus exemplos, aponta as “acentuadíssimas derrapagens” nas PPP (parcerias público-privadas) rodoviárias, ferroviárias e de saúde.

“A Lusoponte foi anunciada como uma PPP a custo zero e tem uma derrapagem de 400 milhões de euros; o Metro do Sul do Tejo tem encargos acumulados para o Estado de 350 milhões; as SCUT já têm encargos acumulados de 15 mil milhões”, alerta.

 

28
Out10

Super Mario: qual o segredo da longevidade?

bomsensoamiguinhos

Ciência Hoje

 

2010-10-25

Personagem da Nintendo

Comemora 25 Anos

 

Super Mario continua a ser a imagem de marca da Nintendo

 

 

Super Mario continua a ser a imagem de marca da Nintendo

 

 

Mario começou por ser um carpinteiro, tornou-se canalizador e depois jardineiro. Este personagem dos videojogos atravessou gerações e continua a cativar pequenos e graúdos. 

A aposta na marca de uma forma consistente é a principal explicação para a longevidade do Super Mario, o boneco de videojogos que está a comemorar 25 anos, disse à agência Lusa António Gonçalves, da Seed Studios, uma das poucas empresas portuguesas especializadas na criação de jogos para consolas.“Continua a ser ainda hoje a marca de jogos mais vendida de sempre”, salientou.

António Gonçalves realçou que o boneco de bigode da Nintendo “foi um dos primeiros a entrar no mercado de videojogos e conseguiu ser consistente”, acompanhando a evolução tecnológica, das antigas consolas Arcade até às actuais portáteis.

 

A japonesa Nintendo está a comemorar este mês os 25 anos do primeiro pacote de jogos Super Mario Bros., com as aventuras dos irmãos Mario e Luigi, mas a personagem nasceu quatro anos antes. O boneco foi criado em 1981 por Shigeru Miyamoto baseado no popular Popeye, mas a Nintendo não conseguiu os direitos para utilizar este personagem, o que levou o autor a mudar o nome para Jumpman, no jogo “Donkey Kong” (nome que substituiu Brutus).

No jogo seguinte, “Donkey Kong Jr.”, o nome foi de novo alterado, agora para Mario, por sugestão de um responsável da Nintendo, que reparou nas parecenças de Jumpman com Mario Segale, o senhorio do escritório da empresa nos Estados Unidos.

Devido a limitações gráficas das consolas Arcade de então, Miyamoto escolheu cores muitos vivas e contrastantes, o vermelho e o azul, para as roupas de Mario, colocou um boné para não ter de desenhar o cabelo e tapou a boca do boneco com um grande nariz e um bigode farfalhudo, para não se ver que os lábios não se moviam. O boneco sofreu ligeiras alterações nas versões seguintes, mas manteve os traços principais e é utilizado pela Nintendo como ícone e imagem de marca da empresa.

Traços principais do Super Mario mantiveram-se ao longo de 25 anos

Traços principais do Super Mario mantiveram-se ao longo de 25 anos

 

António Gonçalves atribuiu a esta associação o motivo principal do êxito e da longevidade de Mario, mas destacou também o facto de os jogos em que o boneco aparece serem sempre muito simples, destinados fundamentalmente a uma faixa etária infanto-juvenil.

“A Nintendo aposta em jogos intuitivos, mais familiares. E também nunca foi muito arrojada no desenvolvimento de hardware. É muito inteligente a forma como remodela o hardware, fazendo ‘restyling’”, realçou.

“É possível criar uma indústria de videojogos em Portugal”

De acordo com António Gonçalves, a Seed Studios já criou jogos para consolas da Nintendo, mas “a Xbox[da Microsoft] e a PlayStation3 [da Sony] têm uma capacidade gráfica muito maior”. Para este administrador, em Portugal “há algumas empresas que estão a dar os primeiros passos”, mas não se pode falar ainda numa verdadeira indústria nacional. “Não podemos dizer que já existe uma indústria de videojogos em Portugal, mas já conseguimos provar que é possível”, afirmou.

António Gonçalves realçou que em Portugal é possível fazer videojogos “seis a sete vezes mais baratos”, porque “os salários são mais baixos e os custos de manutenção de uma empresa também”.


22
Out10

Belmiro: "Grandes líderes são sóbrios, discretos e não ganham grandes salários"

bomsensoamiguinhos

Económico com Lusa
22/10/10 16:20

 

 



Belmiro

"Grandes líderes são sóbrios, discretos e não ganham grandes salários"

 

Belmiro de Azevedo defendeu um líder deve respeitar "muito mais" os valores do que as contas da empresa ou as cotações.


O presidente da Sonae falava no encerramento da Conferência Fulbright Brainstorms 2010, integrada nas comemorações dos 50 anos da administração do Programa Fulbright em Portugal, que começou quinta-feira em Lisboa.


"O principal de um grande líder é formar líderes melhores do que ele próprio. Se não assume isso, está o caldo entornado. Não devemos morrer agarradas ao cadeirão, mas nem sempre é assim, até na política", afirmou para uma parca plateia que assistia ao encerramento daquele encontro na Gulbenkian.


O empresário defendeu também que os grandes líderes têm uma dupla característica:

 

"são muito sóbrios, muito discretos, e não ganham grandes salários",

 

disse, explicando basear-se em estudos norte-americanos sobre liderança.


"Para chegar á liderança é preciso poder, ou seja ter formação, e querer", afirmou Belmiro de Azevedo, defendendo que os grandes líderes "devem saber arriscar numa mudança de paradigma, económico ou de educação" e que "educar para a liderança é também responsabilização pelo desperdício".

 

O empresário defendeu mesmo a criação de uma disciplina no ensino secundário e universitário sobre ciências humanas, salientando que um grande líder "tem de respeitar muito mais os valores" do que as contas ou as cotações da empresa.


Temos de formar líderes que não sejam egocêntricos ou escravos das luzes e de si próprios", acrescentou, salientando que estes líderes são necessários nas empresas e na política.


Eduardo Marçal Grilo, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian e coordenador científico da conferência, defendeu também a importância das ciências humanas na formação por darem capacidade de ver o mundo em todas as suas facetas.


"O poder está nas ideias, não está no dinheiro ou no Ministério da Defesa", concluiu Marçal Grilo no encerramento daquele encontro.

 

17
Out10

PROPOSTA DE ORÇAMENTO DO ESTADO EM ANÁLISE

bomsensoamiguinhos

SIC

Data 16/10/10

 

PROPOSTA

DE ORÇAMENTO DO ESTADO

EM ANÁLISE

 

 

 

 

 

 


 

Económico

 

Reacção

Medina Carreira pede intervenção do FMI

Mafalda Aguilar
17/10/10 15:44

 

 

Medina Carreira defende intervenção do FMI em Portugal.

 

O ex-ministro das Finanças diz que sem a intervenção do FMI "não há condição, nem como o PS, nem com o PSD, nem com os dois juntos".


O fiscalista Tiago Caiado Guerreiro e o ex-ministro das Finanças Medina Carreira defendem a intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal.


"Sem uma intervenção do FMI não há condição, nem com o PS nem com o PSD, nem com os dois juntos, porque aquilo que vai ser preciso fazer para pôr algum futuro neste país vai ter que ser muito duro, de alguém que não fica cá a viver", afirmou ontem Medina Carreira, no programa ‘Plano Inclinado', da SIC Notícias, numa reacção à apresentação do documento que vai ditar o destino do país no próximo ano.


Também Caiado Guerreiro considerou, no mesmo programa, que "se calhar é melhor não aprovar o Orçamento e vir para cá o FMI, que realmente faz um trabalho muito mais competente".


"É um orçamento verdadeiramente mau, que ataca quem trabalha e as empresas. Não faz sentido nenhum", afirmou o fiscalista.


Com este Orçamento, continuou Caiado Guerreiro, "o que nós estamos a dizer às famílias é que é melhor viverem do subsídio de desemprego e do rendimento social de inserção".


"Já nos tiraram o dinheiro do bolso. Agora já nos tiraram a gravata e o casaco. Eu acho que este Orçamento já quase que nos tira as calças. Por isso, acho que vamos ter que andar de tanga", concluiu

 

 


SIC

Data 15/10/08

 

 

Medina Carreira,

entrevistado por Mário Crespo,

comenta OE2009

 

http://videos.sapo.pt/9ImZYhQ0TYBDir5czym2

 


16
Out10

Fala Futuro 1.0

bomsensoamiguinhos

SIC

Falar Global

16-10-2010

10.10.10

 

 

 

 

 

 


10.10.10

Código genético do Falar Global

18:00 Domingo, 10 de Outubro de 2010

Chegámos à data única e irrepetível do "Fala Futuro - 1.0"10.10.10 . Em comemoração do 5º aniversário do Falar Global30 pessoas respondem a 30 questões, sobre uma mesa que sustenta Portugal como um todo.

http://aeiou.expresso.pt/101010-codigo-genetico-do-falar-global=f608325

Falar Futuro é Falar Global

 

10.10.10 , a data única e irrepetível do Fala Futuro 1.0 é inspirada no código binário, combinação de zeros e uns, que faz parte da génese de toda a evolução informática, representando um marco na história da humanidade. Esta é a essência do nosso programa. Antecipar o futurofazer o futuro hojeindicar caminhos nunca revelados e desvendarrostos e projectos desconhecidos. Lançar novos temas de reflexão para a opinião públicaLiderar o debate. Em 5 anos criámos um espaço próprio com a marca Falar Global. Para assinalar o quinto aniversário queremos fazer algo que jamais tenha sido feito em Portugal e que, simultaneamente, seja o código genético deste programa.

 

GIC - O jogo está em marcha, ainda pode ganhar semanalmente iPad´s e iPod´s, inscreva-se!

15
Out10

Assalariados e pensionistas vão pagar a conta

bomsensoamiguinhos

Público

 

Assalariados e pensionistas vão pagar a conta

Quinze anos de combate a sério à evasão fiscal tornariam PEC "evitável"

13.10.2010 - 08:19 Por João Ramos de Almeida

 

 

<p>Vários estudos passaram pelas Finanças sem aplicação prática</p>
Vários estudos passaram pelas Finanças sem aplicação prática

(Pedro Cunha)

 

 

Os números oficiais mostram que o Programa e Estabilidade e Crescimento (PEC) anunciado está mal repartido entre grupos sociais.

 

 

O investidor Joe Berardo já assumiu que não será tocado. Os cortes nos benefícios fiscais (BF) das empresas pouco contribuem. Pouco se sabe ainda sobre o imposto sobre a banca. 

Muito do desequilíbrio advém da urgência. O Governo - sob pressão externa - cortou na massa de contribuintes. Mas será possível encontrar outras fontes de receita que evitassem os cortes nos grandes montantes orçamentais da função pública, das despesas sociais e dos impostos indirectos que recaem sobre toda a população? 

A resposta é afirmativa. Os dados da DGCI mostram que a evasão e fraude fiscal esconde elevados montantes por tributar e que os sucessivos governos perderam década e meia para combatê-las. Cortar os meios de fuga poderia ter evitado grande parte do PEC anunciado, caso tivesse havido vontade para avançar por aí. 

Tributação do património

Em Abril de 1999, António Guterres incumbiu Medina Carreira de apresentar uma reforma da tributação do património, mobiliário e imobiliário. Mas Guterres recuou e apenas aceitou a tributação dos prédios urbanos. Mas nem isso avançou.

 

Em 2003, o Governo PSD aprovou a reavaliação apenas dos imóveis urbanos vendidos. Os 11 milhões de prédios rústicos ficaram de fora e até agora apenas uma parte dos 6 milhões de imóveis urbanos foi reavaliada. A actualização das matrizes prediais não foi feita e não será cumprida a meta de 2013. O Governo está contra tributar as grandes fortunas. Mas por pressão do PP, um Governo PS acabou com o imposto sucessório e substituiu-o por imposto de selo. Resultado: grande parte da riqueza não é tributada.

IRS mantém concentração

Em 1996, os rendimentos dos assalariados e pensionistas pagavam 86 por cento da receita do IRS. Os independentes, os agrícolas, industriais, comerciantes, donos de prédios, de capitais e mais-valias pagavam os restantes 14 por cento. Em 2008, a concentração agravou-se: os assalariados e pensionistas já pagam 92 por cento de todo o IRS. Apenas este ano se aceitou tributar as mais-valias mobiliárias. Resultado: todo o rendimento além dos salários e pensões consegue facilmente fugir à tributação.

IRC esburacado pela evasão

Em 1994, só um terço das 200 mil sociedades pagava IRC. Em 2007, apenas 36 por cento das 379 mil empresas declararam actividade para pagar IRC. Mas cerca de 15 por cento pagaram o famoso pagamento especial por conta. Ou seja, mesmo com o pagamento especial, metade das empresas nada pagou. Em 1994, metade da receita de IRC foi paga por 123 empresas e, em 1995, quase 96 por cento das 200 mil sociedades (até 500 mil contos de facturação) pagaram 17 por cento da receita de IRC. Mas em 2007, os mesmos 96 por cento das empresas (até 2,5 milhões de euros de proveitos) pagaram 21 por cento da receita do IRC. Cresce o número de empresas com prejuízos, repercutindo-se nos lucros futuros. Entre 1989 e 1996, foram 35 mil milhões de euros de prejuízos fiscais (78 por cento do lucro tributável). De 1997 a 2002, mais 52,9 mil milhões (56 por cento do lucro tributável). E só nos cinco anos de 2003 a 2007 somaram 44 mil milhões (37 por cento do lucro tributável). Só este ano o Parlamento reduziu de 6 para 4 anos o número de exercícios em que se pode abater aos resultados. Resultado: um universo significativo das empresas não paga imposto, mas continua a existir.

Sinais exteriores de riqueza

Após dez anos de aplicação da Lei 30-G que penaliza as manifestações de fortuna, o Fisco continua sem acesso directo à informação que permite aplicá-la. A IGF criticou o Governo por nunca ter estabelecido a ligação directa entre o Fisco e as conservatórias do registo predial e do automóvel. O controlo dos barcos e aviões particulares é defeituoso. A própria lei dificulta a cobrança e o Fisco não fiscaliza - por ordem superior - barcos ou aeronaves. Resultado: nem as fortunas manifestadas no consumo são acompanhadas.

Métodos indiciários

Se a empresa omite facturação, o Fisco pode estimar a actividade por métodos indirectos, através dos "indicadores objectivos de base técnico-científica". Foram sugeridos pela comissão Silva Lopes em 1996, à semelhança de outros países. Estão na Lei Geral Tributária desde 1998, mas nunca foram aplicados, por pressão dos empresários. PS e PSD foram hesitando e adiando. O actual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Sérgio Vasques, admitiu que o OE de 2011 trará novidades. Resultado: elevados rendimentos não foram tributados por falta de métodos de tributação. 

Benefícios fiscais

Sousa Franco, ex-ministro das Finanças de Guterres, criticou os governos por cederem à pressão dos lobbies nos BF. Passados 15 anos, os dirigentes do Fisco queixam-se do desvirtuamento dos BF, sem que a lei mude. A própria IGF tem feito auditorias e concluiu que os BF e isenções fiscais (SGPS, por exemplo) são usados apenas por grupos económicos (em 2007, os fundos de investimento movimentaram 39 mil milhões de euros e pagaram de imposto 242 milhões de euros). As medidas de combate ao planeamento fiscal agressivo de 2007 foram frouxas, o Governo cedeu às pressões e Sérgio Vasques afirma-se insatisfeito. Resultado: milhares de milhões de euros conseguem evitar a tributação.

Sigilo bancário e fiscal

Dois tabus que unem os partidos à direita e as associações empresariais, mas que não existem em países como a Suécia. Os governos foram lentamente evoluindo. Desde ser contra, em 1995 - o ministro Sousa Franco foi o autor do sigilo bancário na década de 70 quando o jornal O diário divulgou as dívidas bancárias de Sá Carneiro -, até hoje, em que está previsto um mecanismo de acesso a saldos bancários de todos os contribuintes. No sigilo fiscal, a posição evoluiu de um "não" até se aceitar a divulgação das dívidas fiscais de quem já ultrapassou todas as fases de execução fiscal. Resultado: a evasão fiscal beneficia do sigilo.

 

 

http://economia.publico.pt/Noticia/quinze-anos-de-combate-a-serio-a-evasao-fiscal-tornariam-pec-evitavel_1460724

 

 

 


 

Artigos com interesse

 

FMI, Capítulo 4,

Transmissão da crise financeira dos países riscos para os emergentes

(em inglês, pdf)

http://static.publico.clix.pt/docs/economia/fmic4.pdf

 

FMI, Capítulo 3,

Crise e Recuperação

(em inglês, pdf)

http://static.publico.clix.pt/docs/economia/fmic3.pdf

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