Bom Senso "É conservar uma Atitude Harmonizada em momentos decisão..., conflito..., possuir a capacidade de evitar a prática de acções ou actos impensados no intuito de posteriormente não se sentir embaraço, arrependimento..." Bomsenso
Bom Senso "É conservar uma Atitude Harmonizada em momentos decisão..., conflito..., possuir a capacidade de evitar a prática de acções ou actos impensados no intuito de posteriormente não se sentir embaraço, arrependimento..." Bomsenso
Guimarães vai aproveitar a Capital Europeia da Cultura para uma intervenção de fundo na zona do Castelo.
O projeto de requalificação prevê dois milhões de euros em obras, e inclui nova iluminação, acessos mais seguros às muralhas e uma intervenção paisagística em toda a colina.
A subida fulgurante que o ouro faz aumentar as preocupações sobre o preço deste metal precioso.
O ouro é a cortesã do mundo do investimento, sempre a fazer promessas diferentes e muitas vezes contraditórias. Por vezes, comporta-se como qualquer vulgar tipo de investimento especulativo. Noutras, oferece protecção contra grandes catástrofes financeiras. O consenso aponta no sentido de o ouro proteger os investidores em igual medida contra a deflação ou contra a inflação. Hoje o ouro caiu nas boas graças dos gigantes dos ‘hedge funds' e de uma série de investidores, bem como dos especuladores em alta e dos especuladores em baixa. Mas existe um problema: os grandes admiradores do ouro raramente sabem que valor lhe devem atribuir.
Se pudéssemos identificar o ouro por popularidade, então o ouro seria uma bolha. O Harrods, o grande armazém de Knightsbridge, vende agora barras de ouro nos seus balcões. E existem mesmo máquinas automáticas de venda de ouro. Os intervalos da Bubblevision, leia-se a cadeira de televisão CNBC, estão cheios de anúncios de promotores de ouro. Os investidores retalhistas estão a apostar cada vez mais fundos transaccionados em bolsa, enquanto alguns investidores institucionais mais respeitados estão cada vez mais receptivos ao investimento em barras de ouro. O preço do ouro está elevado graças à procura nos mercados emergentes. O Banco Industrial e Comercial chinês relançou recentemente o seu "Gold Accumulation Plan", atraindo mais de um milhão de contas. "Depois de abrir uma conta," reporta o World Gold Council, os Croesus modernos da Ásia podem começar a acumular ouro numa base diária..."
Há uma década, quando o ouro se situava abaixo dos 300 dólares por onça, era ignorado pelos corretores. Depois de ter quadruplicado de valor, Wall Street está agora a extrapolar esta subida recente e a projectá-la para o futuro longínquo. O Goldman aponta para valores de 1.690 dólares por onça em 2011, cerca de 20% acima do preço actual. Segundo as previsões da HSBC o ouro subirá 8% ao ano durante o resto da década e recomenda uma afectação de 15% do investimento neste metal precioso. Com o euro em apuros e o dólar ameaçado pelas rotativas bem oleadas por Ben Bernanke, o ouro tornou-se assim na moeda mais em voga.
Mas as bolhas são definidas de acordo com a sua valorização e não segundo o comportamento dos investidores. Durante muito tempo, a valorização do ouro em dólares ajustados à inflação manteve-se estável. Mas, desde 1900, o ouro rondou uma média de 440 dólares, a taxa do dólar de 2010.
Segundo esta medida de avaliação, o ouro a 1.400 dólares por onça regista um desvio padrão de 2,5 acima da sua média a longo prazo. E o ouro está também caro tendo em conta o seu custo de extracção, custo este que o Credit Suisse afirma situar-se nos 600 dólares por onça.
O ouro parece estar sobrevalorizado segundo os padrões mais tradicionais. Nos tempos da Babilónia dizia-se que uma onça de ouro dava para comprar 350 pães. Cada pão de trigo que consumo normalmente custa 2,45 dólares, pelo que um preço justo do ouro seria agora 850 dólares. Outra regra elementar diz-nos que uma onça de ouro dava para comprar um fato. Esta regra só não nos diz de que tipo de alfaiataria estamos a falar. Mas a Gieves & Hawkes de Savile Row tem actualmente bons fatos a 795 libras.
O ouro parece menos caro quando comparado com outras mercadorias. Desde 1900 que uma onça de ouro era comprada a 50 vezes o seu peso em prata. Depois da subida repentina da prata no ano passado, este rácio caiu 47 vezes. O preço do ouro em termos de petróleo tem-se mantido também bastante constante. Desde 1900, uma onça de ouro era comprada a uma média equivalente a 13,4 barris de petróleo. Hoje, a mesma onça dá para comprar 15,5 barris.
Não existe nenhum método científico para avaliar o ouro. Como refere Jim Grant na sua ‘newsletter' mais recente: "Podíamos avaliá-lo sempre como um activo que só gera rentabilidade no acto de compra e venda." Mas Grant sugere uma avaliação do ouro em termos de "1/n, sendo ‘n' a confiança do mundo nas moedas em papel e nos mandarins que as manipulam. Infelizmente, quanto ao ‘n', não sei o que representa."
Os investidores demasiado optimistas de Wall Street esforçam-se ainda menos para identificar o seu valor. E apontam meramente para o facto de o ouro tender a subir depois de um período de taxas de juro negativas. Só não mencionam que a bolha do ouro de 1980 caiu rapidamente quando o presidente do Fed, Paul Volcker, começou a aumentar as taxas. Nos dois anos que se seguiram o preço do ouro caiu dois terços. A questão da avaliação, por mais difícil que seja, não deve ser ignorada. O ouro tem que cair cerca de 70% para atingir a sua média a longo prazo em termos de dólares ajustados à inflação. Para voltar a estar em linha com o seu custo de produção teria que cair cerca de 55%. O ouro está cerca de 40% sobrevalorizado face ao preço do pão e 9% face ao preço do petróleo.
O ouro só parece um pouco barato quando comparado com a performance da prata. Os especuladores em alta esperam que, em termos reais, o ouro possa voltar a atingir o pico de 1980, altura em que subiu mais de 70%. Mas a média das nossas medidas de avaliação aponta para um valor justo do ouro inferior a mil dólares por onça, cerca de terço abaixo do preço actual.
Não quero com isto dizer que o ouro não possa vir a subir no próximo ano ou que não exista uma necessidade de protecção contra riscos inflacionistas. Mas os investidores prudentes deviam olhar antes para outros activos menos fingidos para protegerem o valor das suas poupanças.
Exclusivo Financial Times Tradução de Carlos Tomé Sousa
Fórum Económico Mundial arrancou em Davos com crise da moeda única na agenda
A reunião de 2011 do Fórum Económico Mundial arrancou hoje na estância de inverno suíça de Davos. É um local de reflexão sobre soluções para a crise da dívida na Europa, as guerras cambiais e o risco de convulsões sociais.
O Fórum de Davos teve hoje início com o debate das novas dinâmicas do poder na economia global, que, no entender da organização e dos participantes, está a deslocar-se para o Oriente e para os países do Sul.
"O que está a acontecer, na realidade, é um desacelerar do mundo Ocidental ao mesmo tempo que os mercados emergentes estão a crescer. É uma mudança completa nos equilíbrios de poder", disse Azim Premji, presidente da tecnológica indiana Wipro.
"Em dez anos, a economia dos países emergentes será igual ou um pouco maior que a economia dos Estados Unidos", acrescentou.
No mesmo painel, o mais alto funcionário chinês no Fundo Monetário Internacional, Zhu Min, defendeu que a recuperação económica mundial está a ser conduzida sobretudo pela China e pela Índia.
"Para os mercados emergentes, o crescimento é muito forte. A China ainda vai conseguir ter cerca de nove por cento, a Índia terá cerca de oito por cento", acrescentou Zhu, antigo vice-governador do banco central chinês.
Martin Sorrell, presidente executivo da WPP, o segundo maior grupo publicitário mundial, resumiu a posição do painel: "Não é só uma passagem de poder do Ocidente para o Oriente, mas também" do Ocidente para o hemisfério Sul.
"Esta é década da América Latina, com o Brasil a organizar o Campeonato do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos. E, na Ásia, não é só a Índia e a China, mas também países como o Paquistão, o Bangladesh e a Tailândia".
Fórum arranca à sombra dos atentados de Moscovo
O presidente da Federação Russa, Dmitri Medvedev, afirmou hoje que os organizadores do atentado de segunda-feira no aeroporto de Moscovo pretendiam colocar a Rússia "de joelhos" e frustrar a sua pretensão de captar investimento estrangeiro direto.
Mas, "calcularam mal" disse Medvedev ao fazer o discurso de abertura da reunião anual do Fórum Económico Mundial em Davos, Suíça.
O Presidente russo disse aos líderes governamentais e empresariais reunidos na estância de inverno que o ataque "apenas reforça a vontade (da Rússia) de encontrar uma efetiva proteção internacional contra o terrorismo".
O ataque bombista no aeroporto Domodedovo, o maior dos três que servem a capital russa, matou 35 pessoas e feriu mais de 100 e levou os investidores estrangeiros a questionarem-se ao sublinhar os persistentes problemas de segurança na Federação Russa.
Medvedev enumerou razões pelas quais os investidores devem investir no maior pais do mundo, em termos de território, apesar de a economia se confrontar com corrupção e uma grande dependência do petróleo e dos recursos naturais.
"Estou convencido de que a democracia continuará a desenvolver-se, graças à modernização económica", considerou.
Medvedev admitiu que algumas das críticas da comunidade empresarial internacional feitas à Federação Russa eram "merecidas", enquanto outras eram mal dirigidas.
"Estamos dispostos a receber conselhos amigos, mas não precisamos de lições", acrescentou.
O encontro de Davos, com o tema "Normas Partilhadas para uma Nova Realidade", decorre entre 26 e 30 de janeiro.
É do senso comum que os seres humanos tendem a relacionar-se com aqueles com quem compartilham algo ou que têm características semelhantes. No entanto, um estudo recentemente publicado na revista “Proceedings of National Academy of Sciences" (PNAS) vai mais além e mostra que as amizades têm uma base genética, pelo que as pessoas escolhem os amigos tendo em conta as características contidas no seu ADN.
Os cientistas analisaram marcadores genéticos específicos dentro das relações sociais de cada indivíduo e constataram que os seres humanos tendem a criar amizades com pessoas que compartilham pelo menos dois dos seis indicadores testados.
Os resultados do estudo mostraram que a união dos grupos humanos de acordo com sua base genética excede o que seria de esperar apenas por critérios de estratificação da população local ou na mesma área geográfica.
James Fowler liderou o estudo
Gene do álcool cria amizades
Indivíduos portadores do gene DRD2 - associado ao alcoolismo - tendem a ser amigos de pessoas que também o têm, enquanto que aqueles que não o possuem estabelecem relações de amizade com pessoas na mesma condição.
Por outro lado, pessoas que têm um gene associado a uma personalidade extrovertida criam laços de amizade com outras que não o têm, enquanto aqueles geneticamente predispostas para serem líderes , tendem a juntar-se com os indivíduos cujo ADN os torna seguidores.
Embora ainda não saibam explicar por que a genética “atrai” e outros “repele” indivíduos com perfis semelhantes, James Fowler e a sua equipa dizem que os genes formam o ambiente social, o que pode afectar o comportamento humano .
Pelo que indicam no estudo, a influência genética sobre as relações sociais pode ser relevante no futuro da evolução humana.
fala sobre a emissão de Obrigações do Tesouro realizada ontem pelo Estado português bem como, sobre a emissão de dívida espanhola e italiana e da recuperação do sector financeiro que está cotado no PSI-20.
Depois do Special One já não se aceita a célebre definição de Platini, segundo a qual o treinador valeria 15% dos êxitos da equipa
Num país que tem poucos campeões da Europa ou do Mundo, José Mourinho é um caso à parte. É um campeão de tudo, a começar pela comunicação - agradeceu em português e como um "orgulhoso português" na cerimónia de ontem no Palácio dos Congressos de Zurique - e a acabar nos seus inúmeros títulos no desporto mais competitivo do mundo. Ontem ganhou o prémio de Melhor Treinador do Mundo, instituído pela primeira vez pela FIFA, que manda em todo o jogo.
No futebol esta foi a década de Mourinho, e não só pelos títulos. Até aparecer o Special One, aceitava-se, ainda que com algumas variações, a célebre definição de Michel Platini, segundo a qual um treinador valeria aí 15% dos êxitos de uma equipa.
Depois de José Mourinho, essa definição está ultrapassada, laminada por uma personalidade única, talvez irrepetível. Um treinador já não é apenas um líder de uma equipa, é um personagem que estende a sua influência para além do campo de jogo. Não é só um líder, é um herói que nunca ganha convencionalmente ou só porque tem melhores jogadores. Descobre-se sempre mais qualquer coisa. Sempre centrado no jogo - nunca se alarga para a política ou para outra área qualquer -- mas comunica de uma forma que as pessoas querem ouvir, comentam, se interessam. E gosta - ó, se gosta - de ser admirado.
É uma personalidade magnética que não se limita a ganhar, domina o mundo à volta, atrai os holofotes. Não é o herói épico, é às vezes um Dom Quixote, outras o Grande Gatsby, mas sempre o herói que subverte códigos, não aquele que se redime pelo supremo sacrifício. É um herói que aceita muitas vezes ser vilão, porque tem sempre um objectivo claro, que persegue, e só esse lhe interessa realmente. E a esse sacrifica quase tudo. Nisso tem muito de Pinto da Costa.
Os seus interesses mandam sempre, mesmo que isso não seja o máximo que se pode dizer de um desportista. Mas ele não é um desportista, é um profissional. Na alta competição, ser desportista e ser profissional são conceitos que muitas vezes se opõem.
Mas ser profissional, para Mourinho, é ser afectivo, é criar uma relação com os outros, com os seus jogadores, que lhe devotam uma admiração que chega a ser idolatria. Até porque ele os escolhe - quer, normalmente, gente com vontade férrea. As estrelas, os génios só lhe interessam se se puserem ao seu serviço, porque ele garante que será capaz de lhes dar uma equipa. Ele faz a equipa, como líder incontestado. Não sabe tudo, e ouve os seus colaboradores, mas comanda tudo. Decide.
É o contrário do português suave. É o português sem medo, que sabe que em Inglaterra, ou em Itália ou em Espanha, um português não é aceite, impõe-se. E um pouco de show off, impecavelmente encenado, também ajuda num espectáculo hipermediático chamado futebol.
Filho de um guarda-redes, Mourinho comeu futebol desde que nasceu. Não deu para jogador, felizmente...