Pedro Lino - Mercado Global
Entrevista a Pedro Lino
Mercado Global de 25/03/2011 P01
A análise à crise financeira nacional com Pedro Lino, Administrador da DIF Broker
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A análise à crise financeira nacional com Pedro Lino, Administrador da DIF Broker
A receita da austeridade é-nos mostrada como inevitável e do senso comum.
Este professor de Economia mostra-nos porque é que não é bem assim...
Jornal de Negócios
30 Dezembro 2010 | 10:54
Ana Laranjeiro
alaranjeiro@negocios.pt
"O principal desafio em 2011
vai ser a emissão de obrigações"
Pedro Lino, CEO da Dif Broker, fala sobre a transacção do petróleo nos mercados internacionais e sobre o comportamento dos juros da dívida pública portuguesa depois do anúncio do IGCP. Veja aqui o vídeo.
Pedro Lino defende que o "grande desafio" para o próximo ano "vai ser a emissão de grande parte destas linhas de obrigações".
Particularmente, "num ambiente onde vai haver grande concorrência europeia", uma vez que, a Europa "vai emitir cerca de 270 mil milhões de euros" em títulos de dívida.
admite que "no mercado cambial" a "surpresa vai ser o euro-dólar" sobretudo "a partir do 3º trimestre"
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=460723
05-04-2010 12:44
Agências de "rating" o escandalo financeiro da década
Paulo Pinto
O “rating” de Portugal baixou. Quem teve poder para isso foi a Fitch que o passou de AA+ para AA-. Através do seu responsável para os Mercados Emergentes, a Fitch afirmara recentemente que a comparação entre Portugal e a Grécia era demasiado simplista e o “rating” de Portugal significativamente superior.
As grandes agências de “rating” são americanas mas a Fitch é controlada pelos franceses da Fimalac.
As agências de “rating” já ameaçaram os Estados Unidos, como o fizeram com Portugal e outros países da Europa, mas com os EUA vão ficar só pelos ameaços. O que as agências de “rating” pedem aos Estados Unidos é o mesmo que pedem a Portugal, ou seja, que gastem menos.
Imagino que os países que compram a incessantemente crescente divida americana, e assim se tornam seus credores, também devem querer que os Estados Unidos gastem menos. A pergunta que fica é: porque é que então os Estados Unidos não gastam menos e ao contrário cada vez gastam mais?
Como cidadão responsável, gostaria de não ter que ver uma baixa no “rating” dos Estados Unidos porque isso traria certamente o caos aos mercados financeiros. Os EUA são o maior devedor do mundo. Devem, inclusive, mais que todos os outros países juntos. Os impactos colaterais são incalculáveis, talvez o fim do mundo como o conhecemos, mas estar dependentes das agências de rating... A notoriedade e relevância das agências de “rating” é totalmente imerecida, pelo que não é uma questão de regulamentação que pode resolver o problema, dado que é todo o modelo de negócio que é malicioso muitos dirão corrupto.
Os escândalos começaram no início do milénio com a Enron, a empresa que a revista “Fortune” apelidou de “a companhia americana mais inovadora”, durante seis anos consecutivos. Em 2000, cotava a 84 dólares, e um ano depois estava a 26 cêntimos. Foi à época a maior falência da história da América com activos de 65 mil milhões. As agências de “rating” foram acusadas de serem muito lentas a actuar, porque só o fizeram no último mês de vida da empresa, tendo argumentado com o factor “prudência”.
E foram-no em 2002 quando se deu o caso Worldcom, a segunda maior empresa de telecomunicações dos Estados Unidos. Em Abril, as agências de “rating” começaram a falar; em Maio, começaram a baixar o “rating”; em Julho, estava falida. Estava batido o recorde da maior falência da história com 104 mil milhões de activos.
Ainda em 2002, as agências de “rating” fizeram uma alteração aos seus conceitos-base, que se tornou muito importante na análise aos bancos.
Passou a ser considerado como valor para os bancos a noção de que os governos e os bancos centrais (com a designação de intervenção externa) não poderiam deixar cair os bancos mais importantes. Nesta peugada, os bancos dos diferentes países viram o seu “rating” melhorado. Nem tudo o que fizeram foi errado, porque, neste ponto, como se sabe estiveram absolutamente certas, houve efectivamente intervenção dos Governos. Onde estiveram erradas foi ao não terem previsto que alguns bancos poderiam vir a ser maiores que os bancos centrais dos respectivos países. Tal resultou na falência, por exemplo, do Banco Kaupthing Islandês, que era bem maior que o Banco Central da Islândia. Não serviu de nada o Kaupthing ter o maior “rating” possível AAA, a falência foi o caminho.
2003 foi o ano em que as agências de “rating” descobriram a verdadeira mina que era o “subprime”, ao colocar o seu selo de “aprovado”, enquanto transformavam produtos financeiros medíocres em produtos AAA. O prémio Nobel Joseph Stiglitz, professor na Universidade da Columbia, chegou a afirmar que via as agências de “rating” como o factor principal da crise produzindo a alquimia necessária para transformar produtos de investimento modestos em produtos de “qualidade”. Segundo ele, os bancos não poderiam ter feito o que fizeram sem a cumplicidade das agências de “rating”.''
Poderíamos falar da Fannie Mae, da Freddy Mack, empresas que segundo a Reserva Federal estavam bem capitalizadas em Julho de 2008 e ‘’nacionalizadas’’ a 8 de Setembro, mês e meio depois. A seguradora AIG foi o episódio seguinte.
Não deixa de ser surpreendente que depois de mais de dois anos a tentar encontrar remédios para a crise em que vivemos nada ainda tenha acontecido a estas empresas de “rating”. Não deixa de ser surpreendente que desde o início do ano retomem um protagonismo despudorado com incidência na divida soberana Europeia.
A pergunta que se deve fazer, creio, é simples: estamos todos preparados para o futuro que nos espera sem o contributo das agências de “rating”, ou seremos complacentes o suficiente para continuar a ser vítimas de sociedades de “rating”, que vivem de um estatuto que claramente não merecem, independentemente do que nos possam dizer?
Subilnhado / negrito
do Bomsensoamiguinhos
DIF Broker
http://www.difbroker.com/web/pt_pt/home
Paulo Pinto - Blog
A crise e o ouro
05-02-2010 11:28
O ouro foi catalogado como protecção contra a inflação nos anos 70 e 80, mas creio que este é um atributo errado. O ouro não é uma protecção contra a inflação, é antes uma protecção em relação à desconfiança nos governos. Porque muito se fala de “Grécias” e Portugal e Espanha como sendo importantes na desgraça mundial, convirá referir agora que este comentário incide sobre todos os países, mas é o Estados Unidos que fará a diferença nos seus actos e práticas.
O cidadão é, normalmente, complacente enquanto as coisas correm bem, mas rapidamente deixa de o ser quando correm mal. Estão na memória de todos os exemplos recentes dos distúrbios em França e ainda mais recentes na Grécia, e estes são demonstrativos da linha ténue que separa a conduta civilizada da arruaça.
Quando as pessoas deixam de ter acesso aos padrões mínimos da sociedade a que pertencem o risco torna-se latente.
Os governos tornaram-se o maior perigo para o estilo de vida dos respectivos povos ao não saberem governar-se com os meios apropriados e endividando as gerações futuras. Não parece haver neste momento ainda ninguém na disposição de impedir este suicídio económico colectivo, mas como nos exemplos da França e da Grécia a continuarmos assim, o motivo para a arruaça será só uma desculpa.
''Um governo nunca paga as dívidas do Estado'' (Adam Smith em 1776), e não existe nenhum tribunal para recorrer de uma eventual falência, mas o pior é os governos nunca reconhecerem que são parte do problema, porque acreditam serem os únicos com a solução. Porque somos o nosso pior inimigo, não se vislumbra ser possível evitar problemas com as dívidas existentes.
Em 1931 quase todos os países Europeus tiveram incumprimentos das suas dívidas, naquilo que foi uma guerra económica antecessora da segunda guerra mundial. No final desta guerra os Estados Unidos tinham 76% das reservas mundiais em ouro, o que lhes permitiu ter o dólar como moeda de reserva mundial. O endividamento criado pela guerra não foi bom para a estabilidade económica dos países europeus. Esta foi a única razão porque os Estados Unidos foram beneficiados. O que temos neste momento é os Estados Unidos com ainda 2 guerras e uma divida real e outra oculta que coloca em perigo a estabilidade mundial.
O ouro estava a 20 USD em 1932 e chegou aos 875 em 1980, uma subida de 4370%, comparada à subida de 2500% verificada no índice Dow Jones no mesmo período De 1980 para cá o Dow ganhou 1000% mas já esteve a ganhar 1400% enquanto o ouro valorizou 27% e, no seu valor máximo (1225), esteve a valorizar 40%.
JN
Segunda, 11 Janeiro 2010
O Barclays Capital, em reacção à ameaça da Moody’s de rever em baixa o “rating” da dívida pública portuguesa, salienta que a situação de Portugal “não tem comparação com a da Grécia”, país que recentemente recebeu várias “reprimendas” das agências de notação financeira devido ao excessivo défice e dívida pública.
O banco de investimento britânico analisa a entrevista da Moody’s ao “Financial Times”, onde o seu analista Anthony Thomas avisa sobre o risco de “downgrade” do “rating” da dívida portuguesa.
O BarCap considera contudo que o estado da dívida portuguesa não tem comparação com o da Grécia. No entanto, adverte para a possibilidade de a classificação da dívida soberana portuguesa poder ser revista em baixa se o governo não tomar medidas firmes para reduzir o seu défice orçamental.
A mesma fonte salienta que o défice português em 2009, estimado em 6,6% do PIB, ficará bem abaixo do previsto para a Grécia, sendo que a dívida pública também ficará em níveis inferiores. Por isso considera que a situação portuguesa não é comparável com a da Grécia, quer em termos de magnitude, quer de dinâmica.
Mas apesar de as finanças públicas de Portugal não estarem em boa situação, não há riscos imediatos de sanções a Portugal por parte da União Europeia nem face à elegibilidade para recorrer aos empréstimos do BCE, sublinha a análise do BarCap.
Tanto a Moody’s como a Fitch Ratings colocaram a dívida soberana portuguesa em “outlook” negativo no Outono, uma medida que costuma implicar um possível “downgrade” no período dos 12 a 18 meses seguintes, se bem que no passado recente as agências de notação financeira estejam a ser mais rápidas a proceder aos ajustamentos, sublinha o BarCap.
SIC
07/01/2010
Dívida do Estado
Especialistas garantem
que endividamento público atinge já
120% do PIB
Diário de Noticias
Sábado,7 de Março de 2009
Edição Papel
Líderes sindicais têm feito
“discursos demagógicos”,
diz Belmiro de Azevedo
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