Fernando Namora recordado 20 anos após a sua morte
SOL
3a-feira, 27 Janeiro 2009
Fernando Namora recordado 20 anos após a sua morte
ONTEM
Escritor
A iniciativa, que contará com a participação de vários amigos do escritor, como José Manuel Mendes, Paulo Coelho, Carlos Reis, Baptista-Bastos, Eugénio Lisboa, Jacinto Simões, Joana Ruas e Luís Machado, terminará com a leitura de textos do autor de Retalhos da Vida de um Médico.
No dia seguinte, domingo, pelas 14:30, será exibido no Cinema São Jorge (sala 3) o filme Domingo à Tarde, realizado por António de Macedo em 1965, a partir do romance homónimo de Fernando Namora.
A sessão, organizada em colaboração com a Cinemateca Portuguesa e a Câmara Municipal de Lisboa, contará com a presença do realizador e intervenções de José Manuel Mendes e Paulo Fidalgo.
Nascido em Condeixa-a-Nova, Fernando Gonçalves Namora licenciou-se em Medicina pela Universidade de Coimbra e exerceu a profissão na sua terra natal e nas regiões da Beira Baixa e Alentejo.
Estreou-se na literatura em 1938 com o volume de poesia Relevos e publicou, no mesmo ano, o romance As Sete Partidas do Mundo, que lhe valeu o Prémio Almeida Garrett.
Publicou, em prosa, títulos como Fogo na Noite Escura (1943), Casa da Malta (1945), As Minas de S. Francisco (1946), Retalhos da Vida de um Médico (1949 e 1963, adaptado ao cinema e a televisão), A Noite e a Madrugada (1950), O Trigo e o Joio (1954), O Homem Disfarçado (1957), Cidade Solitária (1959), Domingo à Tarde (1961, Prémio José Lins do Rego), Os Clandestinos (1972) e Rio Triste (1982).
Além de romances, publicou em poesia, Mar de Sargaços (1940) e Marketing (1969), bem como uma antologia poética, em 1959, intitulada As Frias Madrugadas.
Escreveu também contos, volumes de memórias, notas de viagens e crítica, como Diálogo em Setembro (1966), Um Sino na Montanha (1970), Os Adoradores do Sol (1972), Estamos no Vento (1974), A Nave de Pedra (1975), Cavalgada Cinzenta (1977) e Sentados na Relva (1986).